Pode parecer um pouco estranho, mas acho que a Agnes comeu melhor durante os deslocamentos na viagem do que nos lugares que ficamos. É que ficamos em casa de parentes, outros horários, muita gente em volta. E essas coisas já são suficientes para mexer com o apetite dela. Ela comeu pouca comida nos 20 dias fora. E o que salva aqui em momentos como esse é a bendita da polenta.
Fubá, água, um tico de sal, orégano e um fio de azeite. Ou só fubá e água, em situações/lugares críticos. É muito fácil, muito prático e ela come feliz da vida (faz um tempo que não dou, na verdade, mas vamos focar que até agora deu certo, rs). Pois bem. Quando a coisa apertava lá em outras bandas, era pra polenta que eu corria. Porque não estava bancando ver a pequena gastar tanta energia sem comer direito. E não era hora de ficar pensando em valores nutricionais, variedade, se ela só ia querer comer isso for ever quando voltasse, etc. Nada disso. Eu só queria alimentar minha cria.
Já estava marcado desde antes da gente ir que depois do Natal iríamos, com uma turma de amigos do meu irmão, passar um dia (e uma noite) num lugar tipo camping que tem lá pertinho de Aracaju. A Lagoa dos Tambaquis é um lugar realmente lindo, tem uns chalezinhos simples para pernoitar, tem sombra e água fresca, tem um café da manhã delicioso e o lago em si é uma delícia, água cristalina, peixinhos, tudo de bom. Fizemos um churrasco, no almoço a pequena comeu arroz, salada e carne, de boas. A noite eu não quis dar a mesma coisa e, já sabendo disso de antemão, levei um pacotinho de fubá e uma mini panela da minha cunhada. Quando foi na hora da janta, tudo escuro, os faróis dos carro fazendo as vezes de iluminação onde tinha o fogo, num fogão totalmente improvisado, estávamos lá preparando a polenta salvadora de bebês esfomeados. Gente, foi TÃO legal! Totalmente a nossa cara, e cara dessa viagem, que teve tantos improvisos. Com certeza vamos lembrar da gente lá na beira do fogo queimando a panela por um bom tempo, haha.
Cheguei a ouvir, já em outros dias da viagem, que eu não alimentava minha filha direito, que isso estava errado, que não dava pra comer tanta polenta assim na vida. Só deu vontade de dizer: gente, seje menas!! Sabe, na vida – e principalmente na maternidade – temos que escolher nossas batalhas. Então eu oferecia comida para minha filha, sim, é óbvio que sim. Mas se eu percebia que o ambiente não estava propício para ela comer bem (porque bebês são seres inteiros, tudo ao redor influencia nos processos deles) (não adianta, ela não come com muita gente ao redor, olhando e comentando o que ela está fazendo), ou se não tinha algo na hora que ela queria, eu apelava pro que ela conhecia e aceita bem – como trazer algo do cotidiano dela pra um lugar onde já é tudo novo. E tudo bem. Viagem é pra gente relaxar, é pra sair da rotina, é pra sijogar no que aparecer. Ela teve tantas outras ~experiências gastronômicas~ nesses mesmos dias, tantas novidades. Deixa a menina comer o que quiser, eu hein! E deixa essa mãe aqui tentar ser leve, né.